Paradoxos do trabalho: as faces da insegurança, da performance e da competição
Matheus Viana Braz
Por
que o mundo do trabalho é sentido de forma cada vez mais paradoxal? Quais os
custos psicológicos do engajamento, da busca por destaque, visibilidade e
exclusividade no trabalho? Como o excesso de pressão e cobrança pessoal são
vivenciados atualmente nas empresas? Por que cada vez menos podemos manifestar
nossas vulnerabilidades e fraquezas no ambiente corporativo e por que as
vivências de sofrimento e mal-estar tendem a ser mais individualizadas nesses
espaços?
Para
responder a essas questões, o livro Paradoxos
do Trabalho:as faces da insegurança,
da performance e da competição explora os efeitos dos investimentos
psíquicos e ideológicos existentes entre trabalhadores e empresas.
Responsáveis
por nutrir um imaginário específico de progresso, sobretudo as grandes corporações
encarnam o símbolo máximo da eficiência, um novo polo de legitimação social, e
se amparam na promessa da realização de projetos específicos: ascensão vertiginosa, reconhecimento,
visibilidade e destaque social. Paradoxalmente,
à medida que a incerteza e a descartabilidade atingem seu auge, a preocupação
volta-se à empregabilidade e, de modo oculto, predominam os sentimentos de
descrença, sobrecarga, desconfiança, desencantamento, cansaço, instabilidade ou
impotência diante da aridez do dia a dia nas empresas.
Neste
livro, o leitor encontrará uma compreensão das origens desse fenômeno,
vinculado a transformações culturais de nossa sociedade e aos modos de gestão
predominantes nas organizações de trabalho.